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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Retornando à Essência: Um Bobo da Corte no Deserto

Mas como caminhou. Auê!
     Mas como caminhou. Auá!
     Mas como caminhou. Santo Antônio de Pemba. Como caminhou!

  É com esse ponto cantado de Preto Velho que eu começo esse texto. Acho que essa música é a melhor forma de ilustrar esse momento. Momento muito comum na vida de muitos adeptos da espiritualidade e da busca por algo além do que o mundo profano apresenta para se seguir. Eu havia acabado de sair de uma profunda caverna, meus olhos estavam machucados com a luz, mas encantados com seu brilho. E eu queria ver tudo com os novos olhos que acabara de receber. E assim nasceu minha sede insaciável por conhecimento. Ela foi minha grande bênção, mas também minha maior maldição. Eu não possuía mentor, professor ou qualquer noção de por onde começar. Consequência: Internet
  Eu comecei a pesquisar sobre ocultismo igual a um louco. E como todo ser sedento por poder, o que eu mais busquei foram técnicas para desenvolver clarividência. Acho que todos fazem isso no início. Todo mundo quer ver espíritos, mas a verdade é que quase ninguém está pronto para essa responsabilidade. Talvez pensam que é como um filme do Chico Xavier, mas mesmo  ele, não sabia mais quem estava morto e quem estava vivo, devido a intensidade do seu dom. Ele era alguém no meio de dois mundos. Assim como temos os piores lugares no nosso mundo, como favelas, pontos de drogas, etc. Lá também há, e os habitantes desses lugares no lado de lá são bem piores que os daqui. Não são só pessoinhas de roupa branca que habitam o astral.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Retornando à Essência: O Despertar da Ovelha Negra

  O Despertar é a parte mais bonita de todo o caminho. Ele ocorre como um fluxo ilimitado de luz no meio da escuridão, da dúvida e da insatisfação. Eu fui criado com uma mãe evangélica à todo vapor pra me fazer um bom “crente”. Eu estudei em escola evangélica, minha mãe me levava para a Igreja constantemente, mas nada tirou de mim, quando eu cresci, a sensação de algo estar errado no mundo. Alguma coisa estava fora do lugar, as peças não se encaixavam, pelo menos, não as peças que me deram. No fundo eu sabia que existia algo que não me mostravam, algo que eu devia buscar ou então nada faria sentido. Deus seria um ser sádico e injusto, não havia lógica alguma na salvação, e sequer na criação de uma existência que vive numa única forma e depois desaparece ou cessa sua influência. Morrer por um descanso eterno me parecia desperdício de existir, já que você se torna um inútil. E se o universo existe por inconstáveis milênios, porque haveria de ser povoado por seres tão insignificantes e limitados?! Mas foi na escola que a base do meu despertar se apresentou, na forma de um princípio básico da ciência. “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Vênus em Aquário

  O Amor à Liberdade. Você tem uma grande necessidade de se sentir livre, para ficar ou ir, para correr de alguém ou se prender. Você tem valores bem claros de liberdade e escolha. Ninguém tem o direito de culpar o outro por ser feliz. O amor tem que ser respeitado, principalmente daqueles que amamos e não são capazes de nos amar de volta. Existe um desejo de lutar pelas causas e direitos alheios. Talvez se sinta num mundo alienador e prisioneiro de um sistema injusto. Você tem uma energia potencialmente libertadora de mentes, e, se não fosse o sistema repressor que tanto detesta, ela não se manifestaria. Dependendo dos outros planetas no mapa, essa posição indica um prazer maior em lidar com pessoas, principalmente desenvolver trabalhos a nível grupal. Você trabalha bem em equipe, mas precisa aprender a aceitar as limitações que os outros possam vir a ter. Se criar expectativas muito altas em relação ao desempenho alheio, pode se decepcionar, já que seus companheiros podem estar em um grau de desenvolvimento inferior. Mas lembre-se, você também já esteve no mesmo ponto.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Sereias

  Segundo a mitologia, sereias são seres metade peixe e metade humanas. Filhas do rio Achelous e da musa Terpsícore, tal como as harpias, habitavam os rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália. Conservam a parte superior na forma de belas e sensuais mulheres. Seu canto encantador hipnotiza os marinheiros e os leva para o fundo do mar, onde os devoram.
  O mar representa nossas emoções, com suas marés imprevisíveis. É preciso ter um mínimo de controle emocional para navegar sem enjoar com o balanço do mar. O enjoo é a forma do mar avisar que quem manda ali é ele. Aos poucos, você se harmoniza com ele e o enjoo passa. Se somos invadidos pelas ondas de nossas emoções, sem dúvida, elas nos farão mal, como o balanço do mar para os novatos.
  No meio dessa aventura, surgem as sereias, senhoras das águas. Mulheres manipuladoras das emoções que brincam com os homens que ousam adentrar em seus domínios com arrogância. Suas vozes são doces e atraentes. Os homens, achando-se espertos, acreditam terem tirado a sorte grande com elas. Pensam que vão poder fazer com elas o que quiserem. Estão dominados pelo desejo, não pelo amor. E as sereias sabem disso. Elas conhecem as emoções, afinal, o mar é sua morada.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Deixe Suas Folhas Caírem

  O tempo é cíclico, não linear. Ele não anda em linha reta. Ele é uma roda em uma estrada. Ele se movimenta, mas de forma padrão. Isso ocorre nas sucessivas manifestações da natureza como os dias, semanas, estações, anos. Eles se repetem padronizadamente. O tempo não muda, ele existe e flui de forma constante e imaterial. Mas, nas verdade, ele é somente a prisão da mente que se deixa envolver por esses ciclos e não muda. Faz as mesmas coisas todos os dias, todas as semanas, todos os anos. E assim como repete ações, repete promessas.
  O tempo não pode ser mudado, mas sua percepção sim, assim como os atos que ele comporta. Mas para isso é preciso que o único ser com capacidade de mudança o faça. O ser humano é capaz de usar sua fagulha divina facilmente, mas ao cair e se densificar, pede tudo aos deuses e se esquece que é um Deus.