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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

À Luz do Luar

  Será verdade? Ilusão? Armadilha do destino? Ou apenas um medo oculto atrás de uma parede chamada Ego?
  Somos impedidos de fazer aquilo que queremos a todo momento. Ou, pelo menos, assim pensamos, assim acreditamos e nos justificamos. Nos iludimos com a idéia de que algo além de nós mesmos nos impossibilita de fazermos qualquer coisa.
  Desejamos futilidades que nos embriagam o ego e entorpecem nossa visão, desviando nosso foco daquilo que realmente importa e nos atrapalha. Nos curvamos de bom grado ao que nos oferecem, sem ao menos cogitar o que há por trás desse prazer momentâneo e profano.
  A Lua reflete sobre nos a luz do Sol, expulsa as travas em meio a noite nebulosa. Mas o faz com uma luz torpe, distorcida e parcelada do Sol. Em seu lado escuro se escondem os demônios que atormentam nossa paz enquanto fogem da luz. A Lua é o primeiro fragmento aceitável dessa luz, porque o Sol é brilhante demais, fere nossos olhos se o vislumbramos diretamente. Não estamos preparados para a totalidade da verdade, ou não a queremos. Por isso contemplamos o brilho da Lua, mesmo que não seja real, não seja seu. Devemos apreciá-la sem confundi-la com com o Sol, pois o seu brilho provém dele, mas sua natureza é escura, obscura e oculta.

  As ilusões que encontramos no caminhos são objetos que encobrem o Sol que tanto queremos, adoramos a Lua com seu falso brilho agradável e ignoramos a dolorosa realidade dos raios solares que nos machucam os olhos. Devemos fortalecer nossa visão, diferenciar luas de sóis. Adentrar nas ilusões até o seu âmago e iluminar seu lado mais obscuro com nossa luz, para que não nos percamos em trevas e ilusões no meio do deserto.




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