Páginas

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Retornando à Essência: Companheiros de Jornada I

  Eu já disse antes e vou repetir. Essa jornada é difícil e, em muitos momentos, solitária. Então, conforme o seu grau de consciência se eleva, coisas inferiores vão sendo deixadas para trás. Aquilo que não acompanha o seu desenvolvimento ainda está preso no status quo e vai tentar te puxar de volta ou terminará por te deixar. Então, esteja pronto para perder amizades e terminar relacionamentos que te vampirizam, te atrasam e não te compreendem. É como se um filtro atuasse na sua vida para te purificar. Por ser um caminho de desenvolvimento, quem não conseguir ir com você, vai te puxar de volta pra lama. Quem está no lodo não quer ficar ali sozinho. Alguns vão ver o seu bem estar, o seu brilho, o seu sorriso e vão querer te acompanhar, ou, no mínimo, respeitar a sua escolha, outros não. Por isso é preciso dar muito valor aos que ficam e aos que chegam depois que sua busca tem início. Pois assim como alguns partem, outros chegam. A mudança interna traz mudanças externas. E dada essa longa introdução, fica mais fácil entender o resto do texto.
  Como vocês devem lembrar, eu acabara de sair de uma prisão e achei algo mais “concreto”. Enquanto isso, um grande amigo que eu conhecera enquanto praticava karatê, dentre os poucos que eu tinha, também tinha interesse pelo oculto. E como vibrações semelhantes se atraem, facilmente começamos a caminhar juntos. E foi um grande alívio ter com quem conversar. Você sente energias, tem sonhos estranhos que, às vezes, parece controlar. E todo mundo diz que é besteira as coisas que acontecem com você, que não são nada. E ninguém é capaz de te dar uma resposta satisfatória para as coisas que te ocorrem.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Retornando à Essência: Sabedoria de Preto Velho

  Discorro aqui sobre minhas primeiras experiências com a Linha de Pretos Velhos. São entidades muito calmas, com um grau de conhecimento imenso e, dada a nossa limitação de consciência, extremamente pacientes conosco. Foram situações elucidativas e que comprovaram, mediante o meu ceticismo, a existência de algo mais.
  O primeiro foi um Preto Velho de Oxossi, acredito eu, pois falava muito e rapidamente. Era ligeiro na sua forma de se expressar. Seu médium era um homem alto, negro, careca e pesado. Seu semblante era agradável e alegre na forma de falar. Foi um contato agradável desde os pontos cantados até a consulta. Sentado em seu toco, com seu cachimbo, me disse coisas que hoje só pertencem ao meu inconsciente. Infelizmente, eu não tinha o hábito de anotar as conversas em um diário e essa conversa se encontra em algum lugar que a minha consciência não consegue alcançar. Gostaria de vê-lo novamente, perguntar seu nome e obter novas palavras suas.
  Nesse mesmo templo, uma Preta Velha me abriu os olhos ao dizer-me:

  — “Fio” tem que ter calma. Tá no caminho certo, mas não está hora de ganhar o que quer. Tem coisa pra fazer ainda. E tem que tomar cuidado com as pessoas que se aproximam de você. Nem todo mundo é seu amigo. Aprenda a falar menos, principalmente de você. O segredo concentra a energia. Quando você conta sobre num projeto, essa energia se dispersa e você pode até perde-la totalmente. Seja cuidadoso, meu “fio”.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Loki, a Caverna e a Roda de Samsara

  Loki é um Deus Nórdico muito complexo. Faz parte do grupo que chamamos de Tricksters, os deuses travessos. Constantemente pregando peças nos outros deuses, foi nomeado como o Diabo Nórdico quando a Igreja passava por esses lugares tentando converter as pessoas e cristianizar os deuses das outras religiões.
  Meio Gigante e vive com os Aesir, Loki é exatamente a manifestação de Hod como consequência das Sephiroth acima. Os gigantes em Binah e os Aesir como os deuses guerreiros de Geburah. Enquanto os Aesir são guerreiros, os Vanir são deuses relacionados à fertilidade.
  Loki é Deus do fogo, da magia, dos truques, pode assumir a forma que quiser e possui 4 filhos de aparência peculiar. O cavalo de oito patas, Sleipnir; a deusa do mundo inferior parcialmente deformada, Hel; o lobo que dará início ao Ragnarok, Fenrir; e a serpente Jomungand, que envolve a Terra e morde a própria cauda. Algumas lendas são muito interessantes, no sentindo simbólico, mostrando lições e revelações históricas importantes sobre a espiritualidade.
  Jormungand nos mostra a existência dos ciclos, da renovação e de que nada fica parado. Tudo que não é resolvido retorna ao ponto de encontro. Esse ponto onde esses carmas ocorrem são chamados de Nós Cármicos. É por causa deles que repetimos a mesma coisa várias vezes, os mesmos erros, os mesmos relacionamentos fracassados, as mesmas escolhas que nos causam dor. São também o motivo de encarnarmos. Desatar esses nós. O círculo representa a energia fluindo perfeitamente. Não há cantos, não há resistência, apenas fluxo constante. E assim devemos ser. Deixar nossa energia fluir. Represá-la é inútil e o acúmulo resulta em dores, angústias. Nada na natureza tem fim, nada pára. Sermos estáticos é uma ofensa contra o espírito.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Fraternidade num Aquário

  Amamos de várias formas ao longo da vida. Como amantes, como irmãos, como pais, como amigos. As pessoas tendem a colocar graus e degraus para comparar esses amores. Mas aquilo que é diferente não pode ser comparado. O amor que você sente pelos seus amigos é diferente do amor que você sente pela sua família. É besteira, na minha opinião, se ater à discussões deste tipo. Todos são importantes para as pessoas à quem são direcionados e vitais para a manutenção emocional do indivíduo que ama e daquele que precisa ser amado. Mas a plenitude não está em amar e ser amado. Apesar de ser algo bonito e que todos anseiam, encontrar alguém para amar e que nos ame de volta é uma tarefa árdua e exaustiva. Isso é desejo do ego. Deus é amor e emana a si mesmo, incessantemente, sem nunca receber nada em troca. E o mesmo deveria ocorrer conosco. Nos desprendemos do Criador pela vontade de despertar nossa própria luz, sermos como ele, mas somos, em grande maioria, incapazes de fazer como ele faz conosco. Emanar nossa luz sem esperar outra luz em troca. Quantas vezes perdemos a oportunidade de ajudar um estranho?