Páginas

quarta-feira, 5 de março de 2014

Suicídio

  Trata-se de um termo que deriva de dois vocábulos latinos: sui (“de si mesmo”) e caedĕre (“matar”), ou seja, matar a si mesmo.
  Visto seu significado, entendemos que o suicídio tem como objetivo dar fim à existência, mas existe um grande problema com essa definição. Visto que o corpo é um veículo utilizado pela mente, não há provas de que o desvencilhamento da mente em relação ao corpo dê fim à existência do indivíduo, da personalidade e tudo o que se considera sendo “eu”. O suicídio é uma prática comum àqueles que sofrem e acreditam que não há nada que possa resolver sua situação, ou se é fraco demais para reverter sua dor ou sua existência é errônea. Tudo remete finalmente à ideia de que é preciso dar um fim, mas apenas porque se acredita que há um fim.

“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” (Antoine-Laurent de Lavoisier)


  Essa é uma das frases mais esclarecedoras e menos compreendidas pelos seres humanos, principalmente ateus. Os seres humanos são tão arrogantes que se desvencilharam da natureza e criaram teorias válidas unicamente pra eles e costumam renegar as compreensões obtidas com as chamadas “espécies inferiores”. No meio dessa confusão em acreditar que existe morte, que existe fim, tanto para sua vida quanto para a dor que nela habita, muitos humanos terminam suas vidas prematuramente através de suicídio. Mas, ao desencarnarem e se descobrirem vivos, são obrigados a encarar as consequências do seu erro. Veem-se, ainda envoltos pelos sentimentos confusos e mórbidos, em regiões de baixa vibração. Isso ocorre porque sua mente é atraída para locais de vibração semelhante à sua. Se você vibra rock, vai se aproximar de locais onde haja rock. Se você vibra matemática, vai se aproximar de contas, financeiro e pessoas afins. Então se você tem pensamentos de se matar, renegar a própria existência, inicialmente atrairá espíritos com as mesmas vibrações, que fizeram a mesma coisa, ou os que se divertem em ver pessoas se matarem. E quando você finalmente se matar com o objetivo de se livrar dessa dor, vai se decepcionar imensamente com a revelação de que não existe morte. Só existe a vida, em diversas formas, de diversas formas e sempre de forma a refletir o que somos ou o que sentimos. Por isso é preciso cuidado com o que se pensa, o que se sente, o que se deseja para si e para o próximo.
  O suicídio existe como consequência do pensamento materialista de que tudo vai acabar com a morte do corpo e do pensamento religioso ignorante de que morrer pela religião é uma causa que termina em recompensa espiritual. A falta de esclarecimento tanto de um lado quanto do outro termina na ausência de um direcionamento claro e harmonioso da mente que vive. Consequentemente, se vive errado, na vida profissional, na vida amorosa, na vida familiar, e, por fim, na morte. É paradoxal a forma como tratamos a morte. Acreditamos que ao morrer, transcendemos a matéria e evoluímos, mas choramos quando um parente morre. Se morte é evolução, é um degrau pra cima no trabalho escolhido para desempenhar aqui, é egoísmo chorar quando o outro recebe um presente. Se ele vive e olha por você, por que você se apega tanto a um corpo que não guarda mais a pessoa que você tanto ama?! É ignorância querer que ela continue aqui com a jornada terminada. A morte deveria ser tratada com festa, como ocorre em diversas culturas, devíamos orar e sorrir, para que aquele que partiu saiba que estamos bem, que ele pode ir em paz e continuar a jornada dele no lugar onde está. Devemos ser seus auxiliares, não sua prisão.

  E aos que pensam em se suicidar, lembram-se que o universo inteiro trabalha com ciclos e renovação, e você, estando dentro dele, não é exceção. Então pense se faz sentido acreditar que sua existência pode ter fim e se o suicídio pode dar a paz que você tanto deseja.


Um comentário:

  1. O fundo preto com letras brancas dificultam a minha visão do material postado...

    ResponderExcluir