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sexta-feira, 15 de julho de 2016

O Anfitrião do Campo Santo


Ê, Caveira! Firma seu ponto na folha da bananeira. Exu Caveira!

  É com esse ponto que eu lhes apresento um ótimo livro: O Anfitrião do Campo Santo. Ele relata quatro histórias narradas por esse guardião do cemitério enquanto auxilia outras entidades em seus afazeres.

  O primeiro dos quatro casos relatados no livro se refere a um terreiro que sofre com o ataque constante de entidades trevosas. Sua ajuda é solicitada por um Caboclo Pena Branca, mas que, na gira de esquerda, se apresente como Exu Sete Covas. Aqui se vê um fato que quebra uma série de paradigmas. A ideia de que Caboclo é superior a Exu. Quando, na verdade, às vezes, eles são a mesma entidade se apresentando por dois mistérios diferentes. Um do pólo positivo e outro do pólo negativo.


  O segundo relato trata de personagens de encarnações anteriores do Exu Caveira que resultam em acertos de contas. É possível ver o quão implacável é a atuação da Lei nesse relato. A agonia de não poder interferir quando a Lei delimita que o sofrimento é um meio para o esgotamento cármico. Esse relato mostra como a Lei não interfere no processo resultante de nossas escolhas. Ela nos permite trilhar o caminho que escolhemos e passar pelas consequências necessárias ao aprendizado.

  O terceiro relato fala de como um desencarnado se encontra em estado angústia. Ele se encontra em uma colônia astral, mas nenhuma tarefa ou responsabilidade o agrada ou se mexe com seu íntimo. Sente-se deslocado do outro lado da vida. Esse desencarnado, Haroldo, vai ao encontro do guardião Caveira no campo santo. De lá, o guardião lhe mostra os pontos de força nas zonas negativas, comandadas por outros guardiões com o objetivo de transmutação daqueles que por elas são tragados. E, nessa viagem, Haroldo começa a ter novas percepções sobre o pós vida.



  O quarto relato — e melhor, na minha opinião — conta a história de dois médiuns de um mesmo terreiro, que tem um caso e, ao término, mantém uma rixa velada dentro da casa espiritual. Isso desestrutura os trabalhos do local e torna o ambiente suscetível a ataques externos. Como consequência, os guardiões do médium, da mãe de santo e, claro, Exu Caveira são chamados para resolver a questão. O que, pra mim, aconteceu de forma muito divertida. Nem preciso dizer que recomendo muito essa leitura.

  Deem sua opinião, se ficaram com vontade de ler o livro. Aos que leram, comentem. Aos que ainda vão ler, espero a opinião de vocês. Até a próxima.

3 comentários:

  1. Com certeza deve ser maravilhoso ,estou com muita vontade de adquirir o livro !

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    1. Que bom que gostou do texto e se interessou pelo livro. Ele não é caro e tem no Submarino, na Americanas e na Eba! Livrarias. Volte pra me dar sua opinião. ;D

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  2. já li este livre, muito bom, explica certinho o trabalho de um exu.
    Laroye Exu cavera meu protetor !!!!!

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