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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

As máscaras do dia a dia



  Persona é um conceito usado na Psicologia Analítica parar referir-se aos diversos papéis que assumimos ao longo da vida para nos adaptarmos aos diversos cenários possíveis. Ela regula nossas ações com base no ambiente e nas pessoas envolvidas. Por exemplo: no trabalho, temos nossos "eu profissional"; com nossos pais, temos nosso "eu filho"; com conhecidos nos portamos de um jeito, com estranhos nos portamos de outra forma, e por aí vai. Esses vários eus são nossas personas. Significa, literalmente, máscara.
  Devido ao convívio social, não podemos ser nós mesmos, em totalidade, o tempo todo. Algumas coisas precisam ser reguladas, caso contrário, haveria caos. Conviver exige limites para que as diferenças pessoais não causem discórdia ao ofenderem as particularidades dos outros. O que inevitavelmente ocorrerá, pois mesmo no meio controlado, suas particularidades psíquicas estarão presentes. Apenas em maior ou menos grau.

  É necessário consciência para que as personas não saiam de controle. Teremos grandes problemas se um militar, ao chegar em casa, não "desligar" sua persona de general e tratar seus filhos como soldados. É preciso saber onde cada persona existe, onde é útil e necessária.
  Mas e se nos tornamos nossa máscara? Como saberemos que esquecemos de tira-la e não voltamos à essência? O que fazer quando nossa máscara se torna nosso rosto? Eis um exercício. Enumere suas diversas atividades e ambientes que frequente. Casa, emprego, casa dos outros, arte marcial, faculdade e as pessoas com que se relaciona. Seus professores, amigos, chefes, alunos, pais e enumere suas personas. Depois, veja se você tem deixado alguma delas escapar do seu "local de trabalho". Boa sorte, pessoal.

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